sexta-feira, 1 de julho de 2011

Museo de la Memoria y los Derechos Humanos



Aberto em 2010 em Santiago, o museu foi criado para revelar ao mundo o que esteve encoberto por longos anos nas sombras de um período de dor e sofrimento: a ditadura militar chilena entre 1973 e 1990 - um dos episódios mais violentos da história da América Latina. É uma homenagem às 30 mil vitimas, aos 3.200 mortos e aos 1.200 desaparecidos da época do governo militar chileno. Um monumento à liberdade e à democracia.
"Nunca más". Essa pequena frase escrita em uma das paredes do museu revela, de forma imperativa, o pedido, o desejo, o compromisso: não se repitam atentados contra a vida e a dignidade. Ao percorrer os andares envidraçados e luminosos do museu da Memória e dos Direitos Humanos, o visitante poderá voltar no tempo e entender como os fatos que aconteceram a partir de 11 de setembro de 1973, dia do golpe militar, mudaram definitivamente a vida de milhares de chilenos.
O museu chileno tem uma forte ligação com o Brasil. Em 2007, o Ministério de Obras Públicas do Chile abriu um concurso internacional para selecionar o projeto de arquitetura. Cinquenta e sete projetos foram inscritos. Os vencedores foram os arquitetos Mario Figueroa, Lucas Fehr e Carlos Dias do Estúdio América, de São Paulo. Uma das características do projeto é a concepção de uma área interna de grande amplitude em três andares sem paredes transversais e totalmente integrada, com muita luz natural através das fachadas de cristal, criando um espaço que ajuda a desvendar a injustiça sofrida pelas vítimas da ditadura em toda a sua dimensão.
Michele Bachelet, na época presidente do Chile e ela própria detida e torturada durante o governo militar, inaugurou o museu em 11 de janeiro de 2010. Em seu discurso afirmou: "Não podemos mudar o passado, somente nos resta aprender com o que vivemos".
Os espaços e galerias do Museo de la Memoria trazem a percepção de como a dor se transforma em luta e a luta consolida valores e gera perspectivas de futuro.
Fonte: Jornal O Globo
Postado por Eurípedes Junior em 1/7/2011

Um comentário:

  1. Visitamos o museu na semana passada e ficamos impressionados com a coragem de um povo que não aceita esquecer ou deixar para debaixo do tapete um momento histórico tão negro como o que passaram.
    Nisto são completamente diferentes de nós! Mostram o que foi a ditatura , suas causas, como se instalou e se manteve e como foi derrubada.
    Já nós continuamos a queimar documentos.

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