sábado, 30 de janeiro de 2010

Casa Afro Caribenha. Ile Ifé. AfroCuba.

Um espaço dedicado à Casa do Caribe de Santiago de Cuba no Brasil foi inaugurado no último dia 16, o ateliê "Ilé Ifé" AfroCuba, localizado no tradicional reduto do samba carioca "Beco do Rato", na Lapa. A proposta do espaço é levar à cidade as diversas manifestações da cultura caribenha e também promover intercâmbio e integração cultural dos povos irmãos da América Latina e Caribe.
O representante da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, no Rio de Janeiro, Benedito Sergio, que esteve presente no evento, destacou a importância da inauguração do Ilé Ifé, no local onde funcionam outros espaços voltados para a divulgação da cultura negra, como o Centro Afro Carioca de Cinema, a livraria Kitabu e o próprio Beco do Rato.,
Isso amplia a recuperação de um espaço histórico da cultura negra, e agora com um traço caribenho, além de marcar presença na revitalização da Lapa", declarou o antropólogo Fernando Calderón Boris, representante da Casa do Caribe, ressaltou que o novo espaço é uma pequena mostra da cultura afro-caribenha, além de proporcionar um maior entrosamento entre países irmãos pertencente a diaspora africana. Ilé Ifé é um ambiente para encontro de pessoas, um lugar de convivência democrática voltado para manifestações da cultura negra.
O Ilé, (casa em lingua Iurubá) abrirá suas portas de segunda a sexta-feira das 12:00 as 20:00 e sábados a partir das 12:00 ate o ultimo cliente.
Todos os sábados tera mostra de teatro, cinema, danças floclóricas, encontro de poetas, religiosidade entre outras manifestações culturais. A partir das 20:00 o tradicional evento de gastronomia, musica e dança "Entre Amigos" com a tematica Somos Latinos.
O Ilé Ifé. AfroCuba, alem de centro de informação voltado a divulgação da cultura Afro Caribenha no RJ, contara elem com um espaço de expo venda de obras de artes do artista plastico e académico Hilario Silva Neto, assim como comercialização de ropas desenhadas para a mulher preta da estilista "MM" do selo "Etno Modas" e gastronomia.

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Programação Cultural do primeiro semestre 2010
Projeto Ilé Ifé. AfroCuba

Atividades culturais

Janeiro

Entre Amigos (Beco) - sábado 16 - 18h
Casa do Caribe. Homenagem ao XXX Aniversaria da sua fundação. Moção Cultural 2009. Outorgada pela Academia de Letras e Artes de Paranapuá. (ALAP). Convidados Especiais. Presidente da ALAP e Cônsul de Cuba no Brasil
Entre Amigos (Beco) - sábado 30 - 21h
“Somos Latinos” O Dr das Pistas. Dj Cubano. Julio Moracén com o melhor da musica cubano-caribenha. Petiscos típicos e coquetéis.

Março

Entre Amigos (Beco) - sábado 6 - 18h
Ancestrais. Convidado Especial. Professor Fernandez Portugal Filho (Titular de Tradições e Religião Ioruba) e Grupo Afro “Lori”
Entre Amigos (Beco) - sábado 20 - 21h
“Somos Latinos”. Musica cubano-caribenha. Petiscos típicos e coquetéis

Abril

Entre Amigos (Beco) - sábado 10 - 18h
Sarau de poesias. Lançamento do CD de poesias afro cubana. “Ajiaco” Convidados Especiais Fernando Calderón (escritor) e Grupo de Dança Afro “Lori”
Entre Amigos (Beco) - sábado 24 - 18h
“Cuba. Eu sou a Rumba” Convidado Especial. Dr. Julio Morazén. Palestra. “O Teatro em Cuba” e Grupo de Dança Afro “Lori”. Peça de teatro Blem Blem.

Maio

Entre Amigos (Beco) - sábado 1 - 21h
“Somos Latinos”. Música e gastronomia cubana e caribenha. Petiscos típicos e coquetéis.
Entre Amigos (Beco) - domingo 9 - 21h
Paella para mamai. Dias das Mães no Beco. Almoço dançante. Convidada Especial. Chefe. Gisele Jorge (Reservas antecipadas)
Entre Amigos (Beco) - 29 - 18h
Palestra “O Mundo Sagrado de Ifá”. Convidados Especiais. Sacerdote de Ifá. João Luiz Inácio (Jander). Membro da Associação de Ifá Cultura Afro-Cubana no Brasil e Grupo de dança Afro “Lori”
Entre Amigos (Beco) - sábado 29 - 21h
“Somos Latinos”. Musica cubano-caribenha. Petiscos e coquetéis típicos.

Informações e reservas pelos
E-mail. fernandoboris@ig.com.br / ile.ife.cultural@gmail.com
Tel. de contato. Cel. 9253-1908/2261-9191 (Geny)

Lic. Fernando Calderón. Representante da Casa do Caribe e Centro de Resistência Cultural.
Rua Joaquim Silva 11. Lapa - Centro. RJ - Beco do Rato.







terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Televisão no meu busão, não!

Por ANTI-GLOBO 26/12/2009 às 17:32

No início de 2007, os/as usuários/as de ônibus de São Paulo foram pegos de surpresa. Quem entrava num ônibus e pretendia chegar ao seu destino com segurança, respeito e rapidez, recebia uma propaganda do Mcbacon, uma porção de videoclipes de grandes gravadoras e um bocado de "pegadinhas" e "videocassetadas".

Começava aí o ataque em massa dos interesses privados sobre o espaço público e o tempo coletivo na autodenominada "Cidade Limpa". O site da empresa responsável pela instalação dos televisores nos ônibus e pela transmissão do sinal deixava bem clara a vantagem do sistema: "Audiência cativa pelo período médio de duas horas por dia", "único canal sem risco de zapping", "foco único de atenção a bordo dos ônibus".

Após um curto período de teste, o sistema foi expandido. Outras empresas de transmissão entraram no negócio e novas concessionárias de transporte instalaram televisores sobre a cabeça de seus usuários.

Leia a matéria completa.

Relacionado: [SP] Protesto Anti-Globo nos ônibus da capital | Publicação do Diário Oficial: delega à SPTrans a competência sobre as TVs nos ônibus de SP | Militantes do MPL protestam contra aumento nas tarifas e pela tarifa zero dentro da Secretaria de Transportes


Numa época de queda geral de audiência, a novidade vinha bem a calhar com os interesses das grandes emissoras do país. Com uma massa de pessoas confinadas diante de telas de televisão exibindo uma programação incessante estaria instituído o fim do controle remoto, o fim da ida ao banheiro, o fim do botão "desligar".

Foi, então, em 2009, que o sequestro dos olhares se consolidou. A Rede Globo, um dos maiores oligopólios de mídia do mundo, entrava no jogo. A teleidiotização dos cidadãos de São Paulo estava, finalmente, garantida.

Hoje, todos os dias, em centenas de ônibus da cidade, capítulos legendados das novelas e outros enriquecedores programas da Globo acompanham todo cidadão que, dentro do busão, revolta-se com o trânsito de carros parados e a qualidade do serviço de transporte mais caro do país.

Contra esse ataque a nossas mentes, contra a privatização do espaço público, contra a priorização do transporte privado motorizado e contra o avanço da comercialização de um direito, protestamos!

Fonte: http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2009/12/461684.shtml

Não é ajuda humanitária, é ocupação militar!

Por União Socialista Libertária 25/01/2010 às 15:56


Pronunciamento da União Socialista Libertária sobre o Haiti

A União Socialista Libertária do Peru saúda os povos do mundo e aos companheiros que a nível mundial lutam incansavelmente contra o Imperialismo, o Capitalismo, a burguesia e os Estados, como cabeças da opressão a nível mundial, e alem disso manifesta sua solidariedade libertária e classista para com os setores oprimidos de ditos povos, que sofrem duplamente, os efeitos de um recente terremoto, e agora, a invasão norte-americana.

A tomada por parte do exército yanque do Aeroporto de Porto Príncipe (capital do Haiti), o toque de recolher desde as oito da noite, e as medidas limitativas ao trabalho de jornalistas estrangeiros a cujos governos se lhes adverte que não se responsabilizarão do que lhes ocorra e que inclusive poderiam ser presos; são uma mostra do caráter cada vez mais reacionário que evidencia esta ocupação militar. Além disso, esta situação extrema tem demonstrado também que os cascos azuis da Organização das Nações Unidas (ONU), são um simples destacamento avançado do exército imperialista de invasão internacional das nações oprimidas.

Como tem sido possível apreciar, a ampla cobertura jornalista que foi feita a chegada das forças navais norte-americanas carregadas, não só de suposta ajuda, se não de armamento de todo tipo, não agradou muito ao governo de Barak Obama, pelo qual se tem tomado conta de novas previsões mais estritas enquanto ao controle e manejo da suposta ?ajuda e reconstrução? do Haiti.
Por outro lado, depois do último tremor sísmico, o porta voz do Departamento de Estado norte-americano para as Américas, Gregory Adams, tem manifestado que isto gerou ?a necessidade de estender as operações dos militares estadonidenses?.

Não se trata desta vez de uma invasão ao típico estilo do garrote yanque, se não uma invasão encoberta, a qual parece ser a característica do regime encabeçado por Obama. Honduras, Afeganistão, e agora Haiti assim o demonstram.

O que não muda, como em outras operações encobertas, é que novamente aqui intervêm com muito ênfase a imprensa internacional ao serviço do imperialismo, maquiando a ocupação militar sob a máscara de ?luta contra o terrorismo? ou ?ajuda humanitária?.
Como libertários não podemos ficar silenciosos ante este avanço do Imperialismo que pretende retornar aos piores tempos da colonização. Se as forças socialistas e revolucionárias a nível latino americano e mundial deixem passar esta nova agressão, seremos não só cúmplices dela, se não cometeremos um erro irreversível.

A solidariedade ativa deve fazer-se presente. Por isto chamamos a outras forças revolucionárias a formar um bloco de resistência solidaria contra esta nova invasão do Império.

Por isto devemos impulsionar a conformação de uma Coordenadoria Internacional de Solidariedade com o Haiti, que exija não só a expulsão da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH) se não de todo o exército yanqui de ocupação. Esta e outras propostas que possam surgir no calor do apoio aos ?hermanos? haitianos devem ser levadas em conta, discutidas e postas em prática de acordo com a realidade de cada país.

Hoje nós devemos convocar e colocar em marcha a Solidariedade como arma carregada de humanidade e esperança. Hoje não nos devem separar bandeiras, fronteiras, cores, distâncias nem diferenças de nenhum tipo que nos impeçam de unir forças por um povo esquecido que serve como terreno de prática para as ocupações armadas que pretende impor o Imperialismo.
Faz três anos foi o povo Ica no Perú, que sofreu com os estragos da natureza e a indolência de um sistema que se desnudava como impotente frente a dor humana e que só deixava notar mais ainda as enormes distâncias existentes entre ricos e pobres em nosso país. O governo peruano até agora não cumpriu as promessas de reconstrução da cidade devastada. Até hoje nossos irmãos seguem dormindo nas ruas.

Sabemos que quando se empreendem ditos ?chamados de ajuda para os mais pobres? por parte dos governos e setores empresariais que acabam em corrupção, apropriação dos recursos e malversação de fundos. Estes mesmos vêm ocorrendo com o Haiti, onde se pode observar que a população segue em caos e desespero ao não chegar a comida, medicinas, roupa ?enviadas solidariamente?. Ao menos em nosso país não se pode esquecer pontos de coleta para o envio de ajuda, já existem diversas contas bancárias prontas para a ?colaboração?. Chegará esse dinheiro e a suposta ajuda até o Haiti?

Agora, acreditamos que todos os setores com intenção revolucionária, de avanços, socialistas e libertários devem gerar mecanismos de denuncia da estratégia voraz do Imperialismo e seus aliados capitalistas e de apoio para a reconstrução do povo do Haiti.

Por ele, exortamos ao proletariado e ao povo haitiano, a brecar tenazmente esta conjuntura adversa, e construir por cima das ruínas que hoje os rodeiam, sua liberação, como trabalho heróico próprio, desde abaixo por sua emancipação social e resistir a invasão militar capitalista.

Contem com a solidariedade ativa de todos os que lutam a nível internacional pela construção e a instauração do Socialismo e da Liberdade dos povos.

¡Fora tropas de ocupação do Haiti!
¡Contra a farsa humanitária do Imperialismo!
¡Fora yanques de Haiti!
¡Solidariedade ativa e militante com o povo haitiano!
¡Contra o aproveitamento político e econômico da crise no Haiti!
¡Arriba los que luchan!

21 de janeiro de 2010

Livre tradução para a Rede Libertária/BR: Juvei

Fonte:http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/01/463723.shtml

domingo, 24 de janeiro de 2010

Os pecados do Haiti (por Eduardo Galeano)

A democracia haitiana nasceu há um instante. No seu breve tempo de vida, esta criatura faminta e doentia não recebeu senão bofetadas. Era uma recém-nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi assassinada pela quartelada do general Raoul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou. Depois de haver posto e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos retiraram e puseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história do Haiti e que tivera a louca ideia de querer um país menos injusto.

O voto e o veto

Para apagar as pegadas da participação estado-unidense na ditadura sangrenta do general Cedras, os fuzileiros navais levaram 160 mil páginas dos arquivos secretos. Aristide regressou acorrentado. Deram-lhe permissão para recuperar o governo, mas proibiram-lhe o poder. O seu sucessor, René Préval, obteve quase 90 por cento dos votos, mas mais poder do que Préval tem qualquer chefete de quarta categoria do Fundo Monetário ou do Banco Mundial, ainda que o povo haitiano não o tenha eleito nem sequer com um voto.

Mais do que o voto, pode o veto. Veto às reformas: cada vez que Préval, ou algum dos seus ministros, pede créditos internacionais para dar pão aos famintos, letras aos analfabetos ou terra aos camponeses, não recebe resposta, ou respondem ordenando-lhe:

– Recite a lição. E como o governo haitiano não acaba de aprender que é preciso desmantelar os poucos serviços públicos que restam, últimos pobres amparos para um dos povos mais desamparados do mundo, os professores dão o exame por perdido.

O álibi demográfico

Em fins do ano passado, quatro deputados alemães visitaram o Haiti. Mal chegaram, a miséria do povo feriu-lhes os olhos. Então o embaixador da Alemanha explicou-lhe, em Port-au-Prince, qual é o problema:

– Este é um país superpovoado, disse ele. A mulher haitiana sempre quer e o homem haitiano sempre pode.

E riu. Os deputados calaram-se. Nessa noite, um deles, Winfried Wolf, consultou os números. E comprovou que o Haiti é, com El Salvador, o país mais superpovoado das Américas, mas está tão superpovoado quanto a Alemanha: tem quase a mesma quantidade de habitantes por quilômetro quadrado.

Durante os seus dias no Haiti, o deputado Wolf não só foi golpeado pela miséria como também foi deslumbrado pela capacidade de beleza dos pintores populares. E chegou à conclusão de que o Haiti está superpovoado... de artistas.

Na realidade, o álibi demográfico é mais ou menos recente. Até há alguns anos, as potências ocidentais falavam mais claro.

A tradição racista

Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objectivos: cobrar as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia vender plantações aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário de Estado, justificou a longa e feroz ocupação militar explicando que a raça negra é incapaz de governar-se a si própria, que tem "uma tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de civilização". Um dos responsáveis da invasão, William Philips, havia incubado tempos antes a ideia sagaz: "Este é um povo inferior, incapaz de conservar a civilização que haviam deixado os franceses".

O Haiti fora a pérola da coroa, a colônia mais rica da França: uma grande plantação de açúcar, com mão-de-obra escrava. No Espírito das leis, Montesquieu havia explicado sem papas na língua: "O açúcar seria demasiado caro se os escravos não trabalhassem na sua produção. Os referidos escravos são negros desde os pés até à cabeça e têm o nariz tão achatado que é quase impossível deles ter pena. Torna-se impensável que Deus, que é um ser muito sábio, tenha posto uma alma, e sobretudo uma alma boa, num corpo inteiramente negro".

Em contrapartida, Deus havia posto um açoite na mão do capataz. Os escravos não se distinguiam pela sua vontade de trabalhar. Os negros eram escravos por natureza e vagos também por natureza, e a natureza, cúmplice da ordem social, era obra de Deus: o escravo devia servir o amo e o amo devia castigar o escravo, que não mostrava o menor entusiasmo na hora de cumprir com o desígnio divino. Karl von Linneo, contemporâneo de Montesquieu, havia retratado o negro com precisão científica: "Vagabundo, preguiçoso, negligente, indolente e de costumes dissolutos". Mais generosamente, outro contemporâneo, David Hume, havia comprovado que o negro "pode desenvolver certas habilidades humanas, tal como o papagaio que fala algumas palavras".

A humilhação imperdoável

Em 1803 os negros do Haiti deram uma tremenda sova nas tropas de Napoleão Bonaparte e a Europa jamais perdoou esta humilhação infligida à raça branca. O Haiti foi o primeiro país livre das Américas. Os Estados Unidos haviam conquistado antes a sua independência, mas tinha meio milhão de escravos a trabalhar nas plantações de algodão e de tabaco. Jefferson, que era dono de escravos, dizia que todos os homens são iguais, mas também dizia que os negros foram, são e serão inferiores.

A bandeira dos homens livres levantou-se sobre as ruínas. A terra haitiana fora devastada pela monocultura do açúcar e arrasada pelas calamidades da guerra contra a França, e um terço da população havia caído no combate. Então começou o bloqueio. A nação recém nascida foi condenada à solidão. Ninguém lhe comprava, ninguém lhe vendia, ninguém a reconhecia.

O delito da dignidade

Nem sequer Simón Bolíver, que tão valente soube ser, teve a coragem de firmar o reconhecimento diplomático do país negro. Bolívar havia podido reiniciar a sua luta pela independência americana, quando a Espanha já o havia derrotado, graças ao apoio do Haiti. O governo haitiano havia-lhe entregue sete naves e muitas armas e soldados, com a única condição de que Bolívar libertasse os escravos, uma ideia que não havia ocorrido ao Libertador. Bolívar cumpriu com este compromisso, mas depois da sua vitória, quando já governava a Grande Colômbia, deu as costas ao país que o havia salvo. E quando convocou as nações americanas à reunião do Panamá, não convidou o Haiti mas convidou a Inglaterra.

Os Estados Unidos reconheceram o Haiti apenas sessenta anos depois do fim da guerra de independência, enquanto Etienne Serres, um gênio francês da anatomia, descobria em Paris que os negros são primitivos porque têm pouca distância entre o umbigo e o pénis. Por essa altura, o Haiti já estava em mãos de ditaduras militares carniceiras, que destinavam os famélicos recursos do país ao pagamento da dívida francesa. A Europa havia imposto ao Haiti a obrigação de pagar à França uma indenização gigantesca, a modo de perdão por haver cometido o delito da dignidade.

A história do assédio contra o Haiti, que nos nossos dias tem dimensões de tragédia, é também uma história do racismo na civilização ocidental.


Fonte:http://historiaemprojetos.blogspot.com/2010/01/eduardo-galeano-os-pecados-do-haiti.html

Programa Nacional de Direitos Humanos

Para conhecermos.

http://www.mj.gov.br/sedh/pndh3/pndh3.pdf

“A ajuda internacional não se vê, não se come nem se bebe, só se escuta”



Blog de pesquisadores da UNICAMP que estão/estavam no Haiti. É uma fonte alternativa de informação importante, uma vez que a mídia está manipulando as informações, além de fazer da catástrofe um grande espetáculo de sofrimento.

http://lacitadelle.wordpress.com/

Tele-Sur - Canal de TV pela internet sobre a América Latina

Rescatan sobreviviente en Haití tras 11 días bajo los escombros
Un equipo de socorristas internacionales rescató este sábado con vida a un joven de 24 años en la capital haitiana, tras haber pasado 11 días bajo los escombros, luego del devastador terremoto de magnitud 7,3 que azotó al país caribeño el pasado 12 de enero.

http://www.telesurtv.net/index.php

Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência

O que é a Rede?
A Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência é um movimento social independente do Estado, de empresas, partidos políticos e igrejas, que reúne moradores de favelas e comunidades pobres em geral, sobreviventes e familiares de vítimas da violência policial ou militar, e militantes populares e de direitos humanos. A Rede se constrói pela soma, com preservação da autonomia, de grupos de comunidades, movimentos sociais e indivíduos, que lutam contra a violência do Estado e as violações de direitos humanos praticadas por agentes estatais nas comunidades pobres.

Nossos objetivos são:

1) Estimular e promover movimentos permanentes nas comunidades, de prevenção e denúncia da violência estatal, propiciando seu relacionamento e apoio mútuo;
2) Reduzir o número e a freqüência, até a total eliminação, dos casos de mortes e violações de direitos devidas à atividade policial/militar;
3) Exigir do Estado reparação às vítimas e sobreviventes de abusos e violações cometidos por agentes do Estado;
4) Construir na sociedade uma rede de apoio jurídico às comunidades contra a violência policial/militar;
5) Construir na sociedade uma rede de apoio médico, psicológico e social às vítimas e sobreviventes da violência estatal;
6) Construir na sociedade uma rede de denúncias, ao nível nacional e internacional, de casos de violência e violações de direitos pelo Estado nas comunidades;
7) Junto com outros setores da sociedade, lutar contra as causas econômicas, sociais, históricas e culturais, da violência contra as comunidades, da criminalização e preconceitos contra os pobres e da desigualdade social.

http://www.redecontraviolencia.org

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

SOLIDARIEDADE AO POVO DO HAITI

sexta-feira,dia 22/01, às 16 horas, na Cinelândia

Companheiros(as)

O terremoto que devastou o Haiti, exige de nós uma solidariedade classista. Além de um país destroçado, o povo haitiano ainda corre o grave risco de ser, mais uma vez e de maneira ainda mais contundente, submetido aos ditames do imperialismo internacional e das missões de "paz armada" que praticam o controle social naquele país.

Como parte da solidariedade internacional dos trabalhadores, temos certeza de que é necessária a organização dos trabalhadores em defesa da soberania do país, do cancelamento da dívida, além da mobilização em torno das coletas que devenm ser destinadas aos movimenos sociais organizados no HAITI.Para expressar nossa solidariedade realizaremos na sexta-feira,dia 22/01, às 16 horas, na Cinelândia, uma panfletagem para lançar uma campanha de apoio ao povo do Haiti .
Abraços

--
Reforma Agrária: Por Justiça Social e Soberania Popular!
Viva a resistencia dos povos Haitiano e Palestino!!!
Secretaria Estadual do MST/RJ
Skype:secretariamst.rj
Fone: (21) 2223-0502
Cel: (21) 8651-1550

Divulgação.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Dia 21 de janeiro - Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
Programação:
Tendas temáticas de cada segmento membro da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa
HORA: A partir das 10H
LOCAL: Praça da Cinelândia - em frente à Câmara Municipal
Adolescentes e crianças dos mais diversos segmentos étnicos e religiosos (muçulmanos, judeus, umbandistas, católicos, ciganos, candomblecistas, devotos de Krishna e evangélicos) estarão desde às 10h, na Praça da Cinelândia, explicando e divulgando suas práticas religiosas em tendas temáticas. O Movimento Jovens pela Liberdade Religiosa, criado pela CCIR, pretende demonstrar que crianças e adolescentes formam a base sagrada de todas as religiões. Além de receberem explicações sobre dogmas e doutrinas das mais diversas tradições, o visitante poderão ter acesso a livros sagrados, ouvir cânticos e assistir a DVDs. Alguns exemplares de livros e panfletos serão distribuídos gratuitamente.
Inauguração do Núcleo de Combate à Intolerância Religiosa da Polícia Civil
HORA: 10h
LOCAL: Prédio da antiga Polinter - R. Silvino Montenegro, 01 - 4º andar - sala 11 - Gamboa
Esta é uma grande conquista dos religiosos, já que todos os registros envolvendo a Lei 7716/89 (Lei Caó) poderão ser monitorados e os procedimentos acompanhados.
Lançamento do dossiê da Intolerância Religiosa produzido pelo Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas da UFF
HORA: 14:30H
LOCAL: Sindicato dos Jornalistas - R. Evaristo da Veiga, 16 - 17º andar - centro
Primeiro estudo científico realizado a partir dos casos atendidos pela CCIR. O dossiê, coordenado por doutores em Antropologia da UFF - ligados ao Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas - envolve sociólogos, antropólogos e historiadores e servirá como base para o Relatório da Intolerância (estudo mais aprofundado do trabalho da Comissão) a ser lançado em março e distribuído para as instituições que lidam com políticas de Direitos Humanos nas esferas municipal, estadual, federal e internacional.
Apresentações culturais - danças, cânticos e manifestações religiosas
HORA: A partir das 16h
LOCAL: Praça da Cinelândia - em frente à Câmara Municipal


(*) O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído pela Lei Federal 11.065/07 para lembrar a data de morte da iyalorixá (sacerdotisa do candomblé) Gilda do Ogun, em 2000. Mãe Gilda foi acometida por um infarto fulminante ao ver sua foto estampada na capa da Folha Universal com o tí­tulo de "Macumbeiros charlatões enganam fiéis". A IURD foi condenada em última instância a indenizar os herdeiros da sacerdotisa. Até hoje isso não se deu.

Fonte:
http://redeumbanda.ning.com/profiles/message/listInbox?xg_source=msg_mes_private

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