quarta-feira, 22 de junho de 2011

E AGORA, JOSÉ?

Por Eurípedes Junior

A Pinacoteca do Estado de São Paulo é um museu que nos últimos 10 anos teve um grande crescimento, fruto de um projeto liderado pelo curador/artista/colecionador Emanoel Araújo, que vem tendo continuidade. Hoje, é um dos pontos culturais mais importantes da cidade. A instituição abriga, em regime de comodato, a coleção que pertenceu a José e Paulina Nemirovsky, que inclui obras como "Antropofagia", de Tarsila do Amaral, e trabalhos de Guignard, Volpi, Hélio Oiticica, Lygia Clark e Picasso.
Agora, os herdeiros querem retirar a coleção da Pinacoteca, com evidentes desejos de obterem lucro financeiro com ela. Então, veio a notícia que reproduzimos:


Folha de S. Paulo 17/6 (Coluna Mônica Bergamo)
Patrono Modernista
José Dirceu é o novo patrono da Fundação Nemirovsky, detentora de um dos mais importantes acervos de arte moderna do país. Escolhido pelos herdeiros (filha e netos) de José e Paulina Nemirovsky, o ex-ministro terá como missão captar recursos para a instituição.
Dirceu e os Nemirovsky já planejam conseguir uma casa para fundar um Museu Nemirovsky e abrigar a coleção. Hoje ela está cedida em comodato à Secretaria de Estado da Cultura, que a exibe na Estação Pinacoteca. São telas como "Antropofagia", de Tarsila do Amaral, e obras de Guignard, Volpi, Hélio Oiticica, Lygia Clark e Picasso.
Anteontem, parte do conselho da fundação (integrado, entre outros, por Celita Procópio, da Faap, Paulo Kauffman e Toninho Abdalla) ofereceu almoço a Dirceu. Antes, o ex-ministro descerrou placa na Pinacoteca em que se lê: "É através da arte que se conhece a evolução de um povo. Escolhemos José Dirceu por seu exemplo e trajetória de vida como patrono da Fundação Nemirovsky, ambos verdadeiros patrimônios brasileiros”.

Folha de S. Paulo, 23/6 – Mônica Bergamo
Ser ou não ser
O promotor Airton Grazzioli, curador de fundações de SP, enviou à FUNDAÇÃO Nemirovsky uma série de questionamentos sobre a nomeação de José Dirceu como patrono da coleção, um dos mais importantes acervos modernistas do país. Ele quer saber se houve deliberação do conselho ou da diretoria para a escolha. Questiona também a nomeação, já que o cargo de patrono "não existe". Dirceu não poderia, portanto, "se apresentar como representante" da entidade.
Grazzioli também é contra a ideia de Dirceu de montar um MUSEU Nemirovsky, transferindo as obras da Estação Pinacoteca para uma futura sede da entidade.
"O cargo é honorífico, uma homenagem da família Nemirovsky e de conselheiros a ele. Dirceu, além de patrono, será também o nosso consultor", diz Paulo Leme, marido de Bia Nemirovsky, herdeira da coleção.

É isso aí. José Dirceu, que saiu escorraçado da vida pública pelo seu envolvimento delituoso com falcatruas financeiras, é para a família Nemirowski um "exemplo" e um "verdadeiro patrimônio brasileiro".

Na foto, o "patrimônio brasileiro" descerra a placa em sua homenagem (?)



(Eurípedes Junior é membro do CCEMP)

sexta-feira, 17 de junho de 2011



O evento será realizado de 14 a 17 de setembro de 2011, juntamente com o I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PATRIMÔNIO GEOLÓGICO e II CONGRESSO LATINOAMERICANO E DO CARIBE SOBRE INICIATIVAS EM GEOTURISMO na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Campus Ilha do Fundão.
Discutir PATRIMÔNIO GEOLÓGICO, ao contrário do que possa parecer a princípio, não é restrito ao âmbito de geólogos, assim como não se distingue, muitas vezes, patrimônio natural de patrimônio cultural. As pesquisas neste campo envolvem inúmeros outros profissionais, representantes de uma sociedade mais consciente e preocupada, que tornam a Geologia uma questão de educação e cultura.
Neste sentido, este evento representa um marco para a formação de estudantes de graduação, pós-graduação e pesquisadores – futuros profissionais geocientistas, museólogos, ecologistas, ambientalistas, turismólogos, arquitetos... CIDADÃOS! Espera-se que os trabalhos apresentados deixem na formação científica e cultural de seus participantes a idéia de que o Patrimônio Geológico é uma herança que devemos preservar para as gerações vindouras.
Clique aqui para acessar a página do simpósio. Nela estão disponíveis os prazos de inscrição e entrega de trabalhos, eixos temáticos, programação, excursões e as demais informações relevantes.
Aline Rocha, membro do CCEMP, faz parte da comissão organizadora do evento, que pede a colaboração de todos na divulgação e também no envio de imagens que retratem a geodiversidade brasileira.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Acervo de museu inspira espetáculo musical




Depois de pesquisar no Museu de Imagens do Inconsciente a vida e obra da artista Adelina Gomes, a bailarina e violinista Paula Pi, em parceria com a bailarina Clarissa Sacchelli concebeu o espetáculo "Notas sobre Minha Mãe", que teve apresentações no SESC Pompeia (São Paulo), Campinas e no Rio de Janeiro. Agora o trabalho tem uma nova versão, que estará em cartaz de 16 a 19 de junho no Centro Cultural São Paulo, durante a programação do evento "Semanas de Dança - Públicos 2011". O espetáculo será apresentado na sala Ademar Guerra sempre às 19 horas.

Para os interessados em dança e em música, no dia 15 haverá também uma oficina ministrada por Paula Pi e pelo bailarino Eduardo Fukushima no Centro Cultural, das 18 às 22 horas. Todas as atividades são gratuitas. Confira em www.centrocultural.sp.gov.br

sexta-feira, 3 de junho de 2011

INSTITUTO NISE DA SILVEIRA COMEMORA 100 ANOS

Localizado no bairro de Engenho de Dentro, onde abriga, entre outras unidades, o Museu de Imagens do Inconsciente, o Instituto está com uma extensa programação que vai até Maio de 2012 para comemorar os seu centenário. Detentor de uma história preciosa da saúde mental no Brasil, reunindo documentos e prontuários que remontam ao primeiro hospício do Brasil construido pelo imperador D. Pedro II no bairro da Urca (1852), onde hoje funciona a UFRJ.
O Insituto substitui o antigo Centro Psiquiátrico Pedro II, que chegou a contar com mais de 2000 internos, quando a exclusão do convívio social era a tônica para o tratamento de pessoas com transtornos mentais. A desconstrução do manicômio trouxe o Instituto para uma nova etapa de ressignificação de seus espaços e interação com a comunidade. O CCEMP tem colaborado para essas reflexões, trazendo diferentes olhares para as potencialidades do lugar - amplo espaço e maior área verde da região. A idéia é que o espaço seja transformado um centro de cultura, lazer e memória na zona norte do Rio.

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